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26/06/2017
Presidente da Subseção e representante da CEJA/NH participam do III Encontro Regional de Jovens Advogados da Região da Serra

No último sábado (24/06), o integrante da Comissão do Jovem Advogado da OAB/NH, Matheus Ellwanger, acompanhado da Presidente da Subseção, Regina Abel, esteve participando do III Encontro Regional de Jovens Advogados da Região da Serra, ocorrido na Universidade de Caxias do Sul – Campus das Hortênsias, em Canela. A abertura do evento foi realizada pelo Presidente da OAB/RS, Ricardo Breier; presidente da CEJA/RS, Antônio Zanette; Presidente da Subseção de Gramado/Canela, Mariana Reis; e pelo presidente da CEJA-Canela/Gramado, Henrique Haller.

 

A atividade, organizada pela Comissão do Jovem Advogado da OAB/RS, teve como temática “A Perspectiva Proativa da Advocacia e a Morosidade no Judiciário”. A mesa de debates foi composta pelo Presidente da OAB/SP, Marcos da Costa; Vice-Presidente da OAB, Luiz Cláudio Chaves; e Presidente da OAB/RJ, Felipe Santa Cruz.

 

O primeiro a palestrar foi o Presidente da OAB/SP, Marcos da Costa. Tendo como tema “Direito de defesa X Morosidade do Judiciário”, ele recordou que, antes da era da internet e do processo eletrônico, as questões judiciais andavam com mais celeridade: “A sensação é de que a Justiça era menos morosa, mesmo com todas suas limitações”, avaliou. Costa lamentou que o Judiciário vem se comportando cada vez mais como um órgão sindical: “Eles têm trabalhado com mais intensidade para defender os próprios interesses”, destacou. “A conta da impunidade e da morosidade está sendo jogada nos ombros do cidadão, e isso está errado”, completou.

 

Na sequência da programação, o Vice-Presidente do Conselho Federal da OAB, Luis Cláudio Chaves, abordou sobre “A Jovem advocacia, prerrogativas e celeridade". Em sua explanação, ele trouxe casos reais envolvendo clientes e lições que tirou dos episódios. “O advogado é o primeiro juiz de uma causa. A partir disso, ele precisa ter a capacidade de trabalhar com todas as possibilidades”, frisou. Chaves estimulou que os jovens advogados sejam criativos e busquem atender as demandas dos seus clientes com atuações diferenciadas sempre que possível. “Conduzindo bem uma causa, com boa instrução, tentando a conciliação, são situações que podem fazer toda diferença”, exemplificou, lembrando o crescimento dos espaços de mediação e arbitragem como um campo independente do Judiciário.

 

Encerrando o espaço de palestras, o Presidente da OAB/RJ, Felipe Santa Cruz, destacou as perspectivas da OAB frente o Judiciário. Ele começou falando das crises de representatividade e econômica do Brasil, para desembocar na crise do Judiciário. Felipe trouxe dados que comprovam a ineficiência da Justiça. “O investimento no Judiciário cresceu nos últimos anos, mas na proporção foram mais gastos em prédios e subsídios dos magistrados”, destacou. Ele informou que o tempo médio de um processo no Brasil, envolvendo as etapas de conhecimento e execução, é de seis anos. “Assim fica complicado falar em Justiça, é muito tempo. Temos um alto índice de litígio, sim, mas também temos uma estrutura insuficiente para atender os cidadãos. Enquanto isso, os desembargadores estão cada vez melhor remunerados”, sublinhou. Santa Cruz ainda destacou que batalhas políticas dentro do Judiciário brasileiro impedem a uniformização dos sistemas do processo eletrônico no país: “Como bem diz nosso presidente Claudio Lamachia, os advogados precisam ter uma nova graduação em Tecnologia da Informação”, mencionou o presidente da OAB/RJ.

 

Fonte: OAB/RS

Fotos: OAB/NH e OAB/RS