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19/09/2018
Artigo do Dr. Adalberto Alexandre Snel: Voto consciente

Voto consciente

 

A Ordem dos Advogados, a nível nacional, está lançando uma campanha de conscientização do eleitor. Serão divulgados dados dos candidatos, o que permitirá ao eleitor discernir.

 

Grandes males à Nação são causados pelos maus políticos, que não honram o mandato popular que lhes foi conferido. Não se pode tratar da crise de representatividade sem enfrentar as razões que levam o eleitor a não se importar com a atividade política como deveria, esperando que a solução de seus problemas esteja exclusivamente nas mãos de alguém que não ele próprio, o eleitor. O votar exige avaliações precisas e não atendimento de pedidos ou expectativas de vantagens eventuais.

 

O Congresso Nacional representa o povo brasileiro. Este deve ser, do ponto de vista formal, à luz da Constituição, mais seletivo. Os 594 congressistas – 513 deputados e 81 senadores – em sua maioria, não representam a vontade do povo, mas seus próprios e de grupos. Todos lá estão e deveriam exercer o múnus público, em razão do voto popular, mas, a maioria é oportunista.

 

Convidados a opinar sobre a afirmação “O Congresso representa o povo brasileiro”, 84% dos entrevistados pela consultoria Ideia Big Data para uma pesquisa encomendada pelo Brazil Institute/Wilson Center, divulgada recentemente, disseram discordar totalmente do enunciado proposto. Segundo a pesquisa, a grande maioria da população não se sente representada pelo Congresso que elegeu. Referida pesquisa comprovou ainda que 79% dos eleitores não são capazes de dizer o nome dos deputados e senadores nos quais votaram na última eleição. Isso confirma avaliações anteriores.

 

Fala-se muito na chamada crise de representatividade, mas a grande maioria dos eleitores é culpada disso. A confiança da sociedade em seus representantes no Poder Legislativo tem caído pela ação nefasta dos maus políticos, os quais foram eleitos pelos que votaram, mas agora a OAB vai deixar claro quem é quem. O eleitor votará errado, se assim quiser.

 

Adalberto Alexandre Snel
OAB/RS 1665